Nada Será Como Antes... Não Mesmo!!!
Dessa vez, eu fico no papel de leitora assim como vocês e lhes apresento um texto maravilhoso da Revista Pais & Filhos:
Nada Será como Antes...
As duas linhas do exame positivo marcam uma fronteira bem clara entre a vida que você tinha antes e a que você passa a ter agora. Não, as coisas não VÃO mudar completamente. Elas JÁ mudaram. Agora não é mais só você. Ou só você e seu companheiro. Ou companheira, se você é o pai. Sim, porque, mesmo que o filho não esteja na sua barriga, o mundo já se divide entre AF (antes dos filhos) e DF (depois dos filhos) para os dois. Bem-vindos ao clube. Sim, nunca mais você vai atravessar correndo no farol vermelho. Ou ultrapassá-lo, se dirigir. Tem outras vidas dependendo de você agora. Sentadinhas no banco de trás, elas ocupam o primeiro lugar na lista de prioridades.
Bom, pelo menos tenho nove meses para me preparar para a revolução, você pensa. É, a natureza nos dá esse tempo, mas a verdade é uma só: por mais que a gente ensaie, treino é treino e jogo é jogo. Ter um filho muda sua vida para sempre e não é possível preparar-se inteiramente para isso. As semanas passam e parece que está tudo pronto: quarto decorado, roupinhas lavadas e dobradas, mala arrumada. Mas a verdade é que não está. Assim como o adolescente que se preocupa mais com o vestibular do que com a carreira escolhida, os futuros pais se aprontam para o parto, mas estão longe de saber o que REALMENTE vem pela frente.
(...)
Você pode achar que seria do tipo que jogaria a criança nas costas e escalaria o Nepal no primeiro mês, mas se pegar às voltas com tantos detalhes, fraldinhas, paninhos, cadê o lenço umedecido que ninguém pôs na sacoooola!!!!!!!!, que demora dois meses só para ir até a esquina com o rebento. Relaxe. Ria de você mesmo. Se o lenço umedecido faltar, improvise ou peça para alguém dar um pulo na farmácia mais próxima.
(...) É, sabe aquela frase “em 20 minutos estou aí”? Esqueça.
Help, I need somebody!!!
Além de não ser excessivamente rígida, é preciso pedir ajuda seeeeeempre. Aquela noção de independência que tanto gostamos de cultivar virou história. Fora o fato de ter um ser dependendo de você, é sua vez de também depender de muita gente: babá, escola, avós, tias, amigos... Segundo Eliana, as mães com mais dificuldades são as que acabam se isolando. “Elas acham que precisam dar conta de tudo sozinhas. E se sentem culpadas por não se sentir no paraíso, como se espera. É preciso lembrar que conflito faz parte de toda a experiência humana”, tranqüiliza.
(...) A partir de agora, você deixa de ser só filha, seu marido idem. E passam a fazer parte de um outro grupo, o de pais. (...)Assumindo cada vez mais o papel de mãe ou pai, pode entender melhor sua mãe ou seu pai. Para as mulheres, embora seja impossível antecipar como será a sua experiência como mãe, uma boa pista pode ser dada a partir da relação com a própria mãe, não apenas agora que você é uma mulher adulta, mas toda a experiência anterior. Por mais que a gente diga que vai fazer tudo diferente, pode se pegar repetindo os mesmos “erros” (ou o que achamos que foram erros e podemos descobrir, pela experiência, que foi a maneira possível de lidar com uma série de situações).
Freud explica
O fato é que nos preocupamos, e temos de nos preocupar mesmo, claro, com as consultas pré-natais, os exames todos, os preparativos práticos. Embora a gente já saiba que o estado psicológico da mãe é tão importante quanto as suas condições físicas para o desenvolvimento do bebê, ainda nos concentramos mais no primeiro aspecto.
(...)
É difícil para muitas mães entender, ainda na gravidez, que o corte do cordão umbilical é apenas o começo de uma era. Para quem aguardou o parto por 40 semanas, parece a reta final. Ler muito e organizar tudo ajuda a preparar a mãe para a empreitada – até certo ponto. Muitos livros sobre como cuidar de crianças são contraditórios e sobram conselhos de pessoas conhecidas e desconhecidas. Leila é o tipo de mãe que planejou tudo: do momento de ter os filhos à pausa de um ano na carreira após o nascimento do segundo filho. “Sempre fui muito regrada e organizada, e passei a conviver com imprevistos, que é o que a gente mais tem quando vira mãe. O bom é que, com isso, fiquei ainda mais forte e segura.” Leila e outras mulheres contam que, junto com os imprevistos e aprendizados, a maternidade lhes deu o mais belo dos dons – uma capacidade infinita de amar.
AJUDA AMIGA
Conversar com quem já faz parte do clube é um bom começo
Para a futura mãe, o melhor exemplo do que vem pela frente pode vir de quem está passando por momentos parecidos com o dela. (...)
DEPOIS DO FILHO
“— E como é? – o cara perguntou.
— Como é o quê? – eu disse, fazendo jogo duro.
— Ter filhos. É legal? Sabe, a gente quer ter filhos, mas todo mundo diz que muda completamente a sua vida.
Virei para minha esposa. O que se poderia dizer para eles? Será que a gente devia contar para eles que ter um filho te drena, te esgota, te exaure e te frustra até que você acaba escondido no carro gemendo como um cachorrinho? Como é que você explica que ter um filho afasta duas pessoas mais do que qualquer outra coisa, porém une essas mesmas pessoas mais profundamente do que antes, de uma maneira mais mágica – tudo ao mesmo tempo?
— É, é bom sim. Vocês vão ver. Segurei nas mãos o rostinho do meu filhinho e sapequei um beijo suculento na sua bochecha. Beijei minha esposa também.” (Trecho de Vida de Bebê, de Paul Reiser)
E eu repito para vocês: É BOM SIM. VOCÊS VÃO VER!!!!!
Adoro cada um de vocês,
Edwiges
OBS: Em breve um blog novinho, novo layout, novo endereço para contar as aventuras da Clarinha e do João Paulo.
4 Comentários:
Nossa.. tava pensando nisso por esses dias... É uma mudança de vida radical mas tbm deve ser maravilhoso!!!!
bjim
eu amei o blog. vc exerce a maternidade com amor de verdade e reconhece suas limitações, o que há de mais humano. fora que sua família é abençoada demais. clarinha tsunanzinha é desenrolada ness vida. e o fofucho irá fazer um belo par de brincadeiras com ela. conte comigo, viu... precisando desabaffar, sou toda ouvidos, enfim minha profissao psicologa é treinar a escuta, rsrsrsrs. moro tbm perto da sao fco xavier. bjos
Tá chegando a hora !!!!!!!!!!!!
Tá pertinho, pertinho !!!!!!!!
Edwiges,
Esse texto diz tudo!!! realmente é uma mudança radical e realmente, no meu caso, pensei durante a gravidez que já estaria preparada p/ ela,mas hoje vejo que nem tudo que está no roteiro é realmente o que acontece na prática, mas amei essa mudança, amo ser mãe, amo ter trabalho em dobro...
Estou esperando fotos do barrigão! o João Paulo chega quando?
Beijos,
Ana e suas princesas: Duda e Nanda
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